Eu aprendi a fazer café e fico bem de avental

Antes de começar, um aviso: nesta sexta-feira vou publicar a crítica (atrasada) do álbum ‘KM2’, da Ebony, no Modo Hype — e aqui também (novidade!). Se quiser ler outras críticas minhas, é só procurar meu nome no Modo Hype e aproveitar. Enfim, vamos começar.

Eu aprendi a fazer café. É isso o texto de hoje. Não gostou? Vai até o meu trabalho e me dá um tiro na cabeça, na frente da redação inteira — seria quase uma caridade da sua parte. E, falando em trabalho, em breve não terei mais um. Foi por isso que eu aprendi a fazer café.

desemprego

Esse texto não vai ser muito longo. Não se trata de nenhuma opinião ácida ou algo que me estresse. É um texto calmo, então é curto.

Em exatos 44 dias — se este texto sair na data planejada — estarei me aventurando em terras europeias, onde meu diploma de Jornalismo, embora válido, não será levado muito a sério pelos veículos de comunicação irlandeses. Então, tive que improvisar em outras áreas para conseguir pagar o aluguel (um hobby novo para mim) e me alimentar (um hobby antigo).

E, como era de se esperar — modéstia à parte — eu me saí muito bem! E não sou eu quem diz isso, é o meu professor. Veja:

Ele se saiu muito bem.

— Professor de Café

Venho hoje, oficialmente, exigir o Dia Mundial do Barista e o Dia da Valorização do Atendimento ao Público. Porque, apesar de todos os meus clientes na Duck’s Coffeehouse & Gallery serem divos educados, eu não posso imaginar o que é ficar mais de seis horas em pé atrás de um balcão. Houve um momento, ali pela quarta ou quinta hora, em que minha lombar clamava por socorro. Na sexta, eu já tinha perdido todo o meu carisma.

Foi nesse momento também que perdi o atendimento. Nunca fui muito bom em lembrar coisas, etapas, receitas… Na sexta hora, todo pedido era freestyle. Café no olhômetro. Seu mocha veio com essência de baunilha? Eu não ligo! Você vai beber — e você vai gostar.

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Outra coisa que eu aprendi — mais ou menos — foi a fazer latte art, que são aqueles desenhos bonitinhos em cima do café, feitos com espuma de leite. Pra isso, é necessário vaporizar o leite. Ou seja: enfiar o líquido no bico da máquina pra ela jogar ar quente dentro.

Essa parte eu peguei de primeira, o que, segundo meu professor, não é muito comum. Mas a parte do latte art? Um abraço.

A coisa mais bonitinha que eu consegui fazer foi isso aqui — e ainda foi num achocolatado:

era pra ser uma folhazinha, mas ficou bem abstrato.

Receitas? Não lembro de nenhuma pelo nome. O que foi péssimo, porque me pediram muitas coisas e eu tive que fazer tudo no improviso — e na glória do divino.

Em teoria, eu sei fazer um latte, um flat white, um mocha, outro mocha (?), espresso, americano e dois drinks. Meu modus operandi é basicamente colocar a mesma quantidade de café e leite em tudo e torcer pelo melhor. E um dos drinks eu nem posso fazer oficialmente, porque ele é autoral da Duck’s Coffeehouse & Gallery. Então fica só no campo das ideias… por enquanto.

Meu plano? Vender esse drink como uma criação minha lá na Irlanda e pagar os royalties aos meus professores — que, além de tudo, são meus amigos também (assim eu espero).

Eu também sei fazer caipirinha, mas isso todo brasileiro que se preze sabe.

Mas, apesar do cansaço — e da melancolia, já que a Duck’s Coffeehouse & Gallery fechou — eu me diverti muito aprendendo. É mais difícil do que parece, e me fez respeitar ainda mais quem trabalha com café, com alimentação em geral e, principalmente, com atendimento ao público.

Não que eu odiasse os trabalhadores antes, claro — mas é bem mais fácil se colocar no lugar de alguém quando você, de fato, já esteve lá.

A experiência foi legal, divertida. E, no processo, eu descobri coisas novas sobre mim mesmo — e, acima de tudo, descobri que sou capaz de aprender. Que posso fazer coisas que nunca tinha feito antes.

Eu tendo a ter esse pensamento limitante de que nunca vou conseguir nada… Acho que falei algo assim no texto passado. Mas olha só: consegui.

Então, fica aí a dica. Aprenda a fazer café — e outras coisas suas também.

Até sexta-feira, se tudo der certo.


Sugestão de Música!

Reset no meu cérebro


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