Manauero, segundo álbum de estúdio da Jambu, chega nesta sexta-feira (25), e a banda Jambu conversou com o MODOHYPE para falar sobre os caminhos sonoros e conceituais que marcam essa nova fase do grupo. Com mais de 30 mil ouvintes mensais nas plataformas digitais, a Jambu tem alcançado cada vez mais espaço no cenário brasileiro de música.
Com uma proposta artística enraizada nas experiências pessoais e na vivência coletiva dos integrantes — Gabriel (voz e guitarra), Bob (guitarra), Guga (baixo) e Ysmn (voz e bateria) — Manauero chega como um manifesto musical sobre identidade, pertencimento e memória. Gabriel Mar, vocalista da banda, conta que o álbum é uma celebração da identidade nortista, não apenas como referência estética, mas como linguagem essencial que atravessa as composições, os arranjos e a própria narrativa do disco.
Confira a entrevista completa
MODOHYPE: Manauero é o segundo álbum da banda e, nesse, vocês pretendem trabalhar com uma certa carga de identidade nortista? Em que sentido vocês querem explorar esse regionalismo?
GABRIEL: “A gente buscou explorar a nossa identidade amazonense com a visão que a Jambu tem sobre a cidade de Manaus. Especificamente, esse álbum é a nossa vivência e a nossa busca de explorar o caminho nortista no geral e nos colocar no lugar de protagonismo na hora de fazer nosso trabalho.”
MH: ‘Latinoamericano’ e ‘vc se foi e é tarde’ são músicas que não têm ritmos nortistas mas mesmo assim estão no álbum e falam sobre o Norte em algum momento. O som da Jambu necessariamente vai ter algum toque sonoro do Norte?
G: Queremos construir algo que seja a Jambu, queremos fazer música brasileira. A Jambu, em vários momentos, foi influenciada por bandas de reggae de Manaus, como Johnny Jack Mesclado e Vibe Positiva, então essa é uma parte do conhecimento que levamos às músicas. É mais sobre a nossa percepção, nossa bagagem como nortista e, dessa vez, queremos que as pessoas vejam que a Jambu está fazendo música manauara.
MH: É exatamente esse o ponto que eu quero chegar! O som da Jambu não é fechado em um nicho, vocês conseguem explorar várias nuances e isso diz muito sobre onde vocês querem chegar.
G: Acima de qualquer trabalho que a gente faça, a Jambu tem cara de banda brasileira, no contexto manauara. No geral, são músicas com ritmos brasileiros dentro da nossa perspectiva manauara. Esse álbum não é um trabalho da Jambu querendo fazer apenas para o comércio e a nossa vinda para São Paulo trouxe essa visão para nós como banda. Mas, agora, com 5 anos de banda, é o momento em que conseguimos reconhecer que temos bagagem para conversar sobre nossa identidade.
MH: Agora, falando sobre os próximos passos, o que vocês estão preparando?
G: Logo mais, em 15 de maio, faremos um show de lançamento em São Paulo e estamos no processo de organizar a turnê do álbum, queremos tocar em Manaus. E no dia do lançamento do álbum nas plataformas, também sairá, ao meio-dia, o clipe de ‘passatempo’, que é bem diferente de todos os clipes que a Jambu já fez.
MH: Para fechar a entrevista, na sua visão, qual música do álbum você mais gostou de fazer?
G: A que eu mais gostei de fazer foi ‘cerveja gelada’. No processo, já tínhamos todas as músicas do álbum definidas e, um certo dia, eu estava meio entediado e lembrei de um dia que eu estava tomando uma cerveja no BK (localizado no Centro de Manaus), foi assim que eu pensei nela. Gosto muito de escrever músicas que eu consigo me desprender do corpo e reviver aquele momento.
Ficha técnica
O álbum Manauero, da banda Jambu, foi produzido por Lucas Cajuhy, Zeca Leme, Bezeebra, Francci, Roberto Kramer, ysmn, Bob, Gabriel Mar e Guga. A engenharia de áudio é de Mateus Gomes. A mixagem foi feita por Lucas Cajuhy, Bezeebra, Francci e Roberto Kramer. A masterização é de Mateus Tinoco.
A capa do álbum é de Jan Pierre Cruz. As fotografias são de Raphael Tavares. A distribuição é feita pela Deck.
Faça o pré-save do álbum por meio das principais plataformas digitais AQUI.
