O mérito do BBB ser o gigante do entretenimento que conhecemos hoje é, sem dúvida, da pandemia. Não adianta debater, é fato. Antes disso, o programa já dava sinais de desgaste — especialmente depois daquela edição histórica em que, de todas as pessoas possíveis, a racista acabou levando o prêmio. O desespero da produção era tátil, tanto que chegaram à brilhante ideia de criar o Camarote na edição de 2020, que aguardo ser extinto no BBB25.
E que sorte, hein? A estratégia deu certo! O BBB20 conseguiu captar o público com a fórmula revolucionária de colocar famosos para passar fome e competir por um glorioso Fiat Pussy 4×4. Colocando gente rica pra limpar chão e lavar louça. A imersão foi tamanha que até o público ficou confinado, só que sem chance de ganhar um prêmio no final. Já começamos prejudicados.
Se a pandemia tivesse sido planejada, dava até pra acreditar que foi a carta mestre do Boninho. Porque, convenhamos, o sucesso estrondoso do BBB20 e 21 foi pura consequência do apocalipse em andamento. Já o 23 e o 24? Bom, esses foram verdadeiras bombas. Comparar a genialidade dos BBBs Pandemias com as tristes e constrangedoras vitórias das últimas edições é quase um insulto ao caos criativo que foi trancar famosos e anônimos juntos enquanto o mundo desabava.
O BBB22 vive no limbo, coitado. Ele é a interseção perfeita entre o auge absoluto e o retorno melancólico ao decaimento do reality. Ainda teve seus momentos, claro, mas assim que a grande vilã Jade Picon foi eliminada, todo o encanto foi pelo ralo. Porque, sejamos honestos, assistir o Arthur Aguiar devorar pãozinho em câmera lenta não era exatamente entretenimento de alta qualidade. Pelo menos tem o lado positivo: nunca mais precisei vê-lo na minha TV. Vitória pessoal.
E assim, começa o eterno retorno: o Ciclo Alienação. No momento em que cliquei no canal Espiadinha no Telegram, já sabia o destino da minha sanidade — três meses inteiros de cérebro lisinho e pensamentos resumidos a “quem ganhou a prova do líder?”, “E o vídeo do Anjo, ‘cê assistiu?” “Eliminação hoje, hein.”. Eu vou viver pelo BBB25.
Eu vou precisar de um autocontrole digno de final de resistência para não transformar esta coluna em um boletim semanal do BBB25. Prometo tentar… mas não garanto nada.
Mas hoje não tem jeito: é o dia oficial de comentar os participantes da edição. Afinal, essa análise essencial não podia faltar. Então, solta a vinheta, produção!
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Já vou começar com o que realmente importa: os gays com o Bolsonaro. Ou melhor, os esportistas com o Bolsonaro. É hilário ver figuras como os irmãos Hypólito se arriscando em um reality desses. A gente já sabe que a produção não fez a mínima pesquisa sobre o passado desse pessoal. E o passado dos irmãos Hypólito é super público. O que torna tudo ainda mais engraçado. Quem precisa de pesquisa, né, produção?
“Ah, Gustô, você está dizendo que pessoas com Bolsonaro não podem participar do BBB25?” Exatamente. É isso mesmo que estou dizendo. Eu não quero ver bolsonarista na TV, não quero ver bolsonarista famoso, eu quero ver bolsonarista na cadeia. E mais, se o próximo governo não for de direita, a esquerda DEVE criar uma lei equivalente a pensão alimentícia, a única que funciona. Sério, é isso que eu quero. Vamos colocar essas ideias em prática, porque se depender de mim, o BBB vai precisar de um filtro bem mais seletivo.
Mas os irmãos Hypólito, com certeza, vão ser os vilões perfeitos dessa edição, tipo a Equipe Rocket, sabe? Maldosos, mas inofensivos. Vão fazer aquele papel de “ameaça” que não assusta ninguém, mas a produção adora, é tudo um showzinho. É o tipo de personagem que todo reality precisa.
O que eu mais espero do Diego Hypólito é ele perceber sua homossexualidade. Não que ele seja, mas acho que ele ainda não sabe disso. E tenho certeza de que, no momento em que ele bater o olho em QUALQUER um dos homens da casa, algo vai despertar naquele coraçãozinho tão amargo e tão patriota. Vai ser quase como um despertar de consciência, mas, em vez de uma epifania política, será uma epifania amorosa.
E que bom, né? Meu Deus, que bom olhar pro elenco masculino do Big Brother e ver gente BONITA. E eu nem gosto de padrão assim, o participante mais atraente no BBB 23 pra mim era o Mosca.
Eu não aguentava mais esses corpos “reais”, sabe? É isso, Globo, é exatamente isso que eu quero ver. Padrão, músculos, peitos suculentos, coxas grossas, pressão estética. Eu quero homem bonito, porque para eles, o raciocínio é opcional. E um jogo como o BBB25 não exige nem um pingo de neurônio. Tem que ser no feeling, jogando com o coração, metendo três NOJOs no Queridômetro e ainda fazendo de conta que deu “coração” pro adversário.
O problema é quando a padronização chega no nível que a pessoa se acha muito foda por ser padrão. Já temos o exemplo claro disso, o Mateus sem H, dupla da Vitória Strada que acha que a artista só porque é gay. Alguém falou que ele canta bem e ele acreditou, mal entrou na casa e já tem dezenas de vídeo dele cantando igual a Flayslane quando ela colocava TODAS as técnicas de canto num verso só.
Agora o Quarteto Black – Aline, Vinícius, Thamiris e Camilla – colocando o Vinícius nessa cota, vai dar o que falar. Eu estou prevendo que vão ser os causadores das maiores brigas, e eu tenho motivos plausíveis para isso! É só olhar o tamanho do bíceps da Aline. A mulher é policial militar, se ela não entrar armada no programa não vai ter graça. E o Vinícius é Produtor de Eventos, que é o polo oposto de um uma pessoa zen.
As irmãs Thamiris e Camilla vão ser barraqueiras SIM, isso justamente pelo motivo que elas entraram: são irmãs. Não tem como você entrar em um reality com seu irmão e não fazer um barraco. E tenho dito, se elas não estiverem brigando com o povo da casa, elas vão brigar entre si. Essa é a essência do irmão. Eles brigam e se defendem.
Igual a Gracyanne Barbosa e a Gio, sua irmã. Apesar de eu achar que o caso delas vai ser um pouco diferenciado. Acredito que a Gio vai entrar na salvaguarda da Gracyanne, negociando ovo pela casa, fazendo escambo, trocando papel higiênico do quarto do líder por meia dúzia de ovos no Mercaaaaaado. É isso ou a Gracyanne aperta o botão por abstinência.
Quem não vai desistir é o Gabriel e o Maike, os padrões deliciosos que vão brigar por mulher sem sal (ou a Renata ou a Eva). Esse é um dos únicos dois futuros possíveis para a dupla, a outra alternativa é essa amizade ficar tão forte que um vai olhar no olho do outro e perceber que eles querem se beijar formando o casal mais improvável da edição. O confinamento despertando sentimentos que nem eles sabiam que tinham. Eu vou adorar.
ERRATA: Falei que Renata e Eva são as participantes sem sal do BBB25 e elas vão lá e ganham a primeira prova de resistência. Meu deus! Eu só queria estar certo.
Agora a amizade que o Brasil está esperando é a Dona Joselma e a da Dona Vilma. Eu estou escrevendo isso faltando uns 45 minutos pra começar a estreia, eu nem sei se a sogra do Brasil vai entrar na casa, mas o meu coração diz que sim. Eu conheço meu país e eu uso o Twitter, que é uma grande métrica.
O jovem anseia por duas senhoras no BBB25 porque são seres que o filtro não é opcional, o filtro não existe. No primeiro absurdo estrutural generalizado que uma delas soltar, eu já declaro campeã, pode cortar para a final. Campeãs morais da edição.
Agora, os outros participantes como a Arleane e o marido picareta dela que eu não lembro nome eu vou ter que esperar eles fazerem alguma coisa, porque eu não posso dizer que gosto deles senão é clubismo. Então, se eles fizerem uma coisa muito interessante na casa – que eu espero que seja no mínimo ela esfaquear alguém porque olhou pro feio dela – aí eu faço uma coluna especial só pra eles.
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Ai eu não sabia qual colocar e ela sugeriu essa.
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